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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Uso de Luvas no Ambiente Hospitalar

    As Luvas compõem o arsenal dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) cuja finalidade primordial é a proteção dos profissionais da saúde à exposição ao sangue ou a outros fluidos corporais como, secreções e excretas. Assim, fica reduzido o contato direto das mãos do profissional com tecidos do paciente, lesões, membranas mucosas; por exemplo, na realização de procedimentos invasivos.
    Nesse sentido, as luvas passam a se configurar em um dos insumos mais utilizados, a partir da epidemia de HIV/AIDS nos anos 80, quando o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) introduziu as “Precauções Universais”, atualmente denominadas “Precauções Padrão”, enfatizando a necessidade de todos os trabalhadores da saúde, rotineiramente, usarem luvas ao entrar em contato com fluidos corporais.
    Entretanto, o uso inadequado de luvas aumenta ocorrência de infecção cruzada por meio das mãos, bem como, predispõe o profissional ao risco biológico. Em geral, observa-se que a temática “uso de luvas” é explorada na literatura atrelada à higienização das mãos e pode ser consultada nas diversificadas fontes nacionais e internacionais: Guia de Controle de Infecção em Profissionais da Saúde, Guia de Higienização das Mãos em Serviços de Saúde, Guideline for Environmental Infection Control in Health-Care Facilities; Guia de Isolamento e Precauções para Prevenção, Nr-32 - Segurança e Saúde no trabalho.
    Luvas devem ser utilizadas como item de uso único e trocadas entre o cuidado de diferentes pacientes e nas diferentes atividades/cuidados no mesmo paciente. Ainda, necessitam ser colocadas imediatamente antes dos procedimentos a serem executadas e descartadas tão logo essas atividades tenham terminado. São indicadas quando se realiza procedimentos invasivos, contato com sítios estéreis, contato com pele não integra e mucosa, quando se manipula materiais perfurocortantes e equipamentos contaminados e em todas as atividades que podem expor o profissional a contato com sangue, fluidos corpóreos, secreções e excreções.
Recomenda-se que antes do uso de luvas, o profissional faça uma avaliação de risco para determinar, primeiramente, se há necessidade de utilizar luvas, caso afirmativo, determina-se o tipo de luva mais apropriado para a atividade a ser executada. Essa avaliação deve levar em consideração a natureza da atividade, o tipo da possível contaminação, se o procedimento é estéril ou não e se o paciente ou equipe possuem alergia ao látex. A premissa é a de que cada patologia se transmite de forma específica. Além disso, outros aspectos tais como a qualidade das luvas está articulada diretamente a especificação técnica de fabricação, e aspectos associados ao tempo de uso, ao tipo do procedimento e a conscientização ou o conhecimento dos usuários quanto aos princípios básicos de assepsia tem efeito decisivo na segurança microbiológica e são considerados fatores importantes na proteção proporcionada pelas luvas.
    Há de se considerar que o uso indiscriminado de luvas, além de ocasionar, por parte dos usuários, uma falsa segurança quanto à prevenção de transmissão de infecção, gera custos aos serviços de saúde. Ademais, faz-se necessário conhecer a prática dos profissionais de saúde quanto sua escolha em relação ao tipo de luva para executar os diversos procedimentos assistenciais, e, dessa forma, avaliar essa prática no intuito de elaborar estratégias para o uso de luvas baseado na avaliação de risco.

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