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sábado, 30 de outubro de 2010

Solução alcoólica será obrigatória em hospitais

Em 60 dias, todos os serviços de saúde brasileiros (como hospitais, clínicas e consultórios) devem ter preparação alcoólica para a fricção antisséptica das mãos dos profissionais de saúde que lidam com o paciente.
Todos os pontos de assistência ao paciente, como, por exemplo, UTI, salas de triagem, ambulatórios, serviços de atendimento móvel e unidades de urgência e emergência, deverão ter a preparação à disposição dos profissionais, em local visível e de fácil acesso.
O produto deverá estar à beira dos leitos dos pacientes, para evitar que o profissional precise sair do local para higienizar as mãos. A medida consta da Resolução RDC 42, publicada, nesta terça-feira (26), no Diário Oficial da União.
Líquido ou gel?
Nas preparações alcoólicas em forma líquida, a concentração de álcool na fórmula poderá variar de 60% a 80%. Já nas formas gel, espuma e outras, a concentração mínima do álcool deve ser de 70%, com atividade bacteriana comprovada por testes de laboratório específicos.
Nas duas formas de apresentação, recomenda-se o uso de emolientes na fórmula, para evitar o ressecamento da pele. 
No entanto, segundo a resolução, o uso de preparação alcoólica não é indicado quando as mãos tiverem sujidade visível. Nesse caso, é preciso fazer a higienização com água e sabonete antes de se utilizar o produto.
Os produtos industriais adquiridos no comércio devem ser registrados na Anvisa. Já os manipulados em farmácias devem seguir as exigências da Resolução RDC nº. 67/07, que dispõe sobre as Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Novo protocolo para RCP e ACE

Confira em primeira mão os destaques das alterações nas Diretrizes para RCP e ACE publicadas pelo Ilcor
As novas diretrizes para RCP e ACE publicadas  dia 18/10/2010 levam como ênfase permanente a RCP de alta qualidade, alterando a seqüência mundialmente conhecida como A-B-C para C-A-B, desta forma deve-se alterar a corrente da vida, veja abaixo.

1. Reconhecimento imediato da PCR e acionamento do SME / 2. RCP precoce, com ênfase nas compressões torácicas / 3. Rápida desfibrilação / 4. Suporte avançado de vida eficaz / 5 Cuidados pós-PCR integrados

As novas diretrizes assim como em 2005 abordam as questões do Socorrista não pertencente a area da Saúde, em seu capitulo (Socorrista Leigo), indicando a RCP somente compressão, alem de eliminar o procedimento "Ver, ouvir e sentir" para leigos, tambem é idicada a compressão torácica com no minimo de 100 compressões por minuto.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Uso de Luvas no Ambiente Hospitalar

    As Luvas compõem o arsenal dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) cuja finalidade primordial é a proteção dos profissionais da saúde à exposição ao sangue ou a outros fluidos corporais como, secreções e excretas. Assim, fica reduzido o contato direto das mãos do profissional com tecidos do paciente, lesões, membranas mucosas; por exemplo, na realização de procedimentos invasivos.
    Nesse sentido, as luvas passam a se configurar em um dos insumos mais utilizados, a partir da epidemia de HIV/AIDS nos anos 80, quando o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) introduziu as “Precauções Universais”, atualmente denominadas “Precauções Padrão”, enfatizando a necessidade de todos os trabalhadores da saúde, rotineiramente, usarem luvas ao entrar em contato com fluidos corporais.
    Entretanto, o uso inadequado de luvas aumenta ocorrência de infecção cruzada por meio das mãos, bem como, predispõe o profissional ao risco biológico. Em geral, observa-se que a temática “uso de luvas” é explorada na literatura atrelada à higienização das mãos e pode ser consultada nas diversificadas fontes nacionais e internacionais: Guia de Controle de Infecção em Profissionais da Saúde, Guia de Higienização das Mãos em Serviços de Saúde, Guideline for Environmental Infection Control in Health-Care Facilities; Guia de Isolamento e Precauções para Prevenção, Nr-32 - Segurança e Saúde no trabalho.
    Luvas devem ser utilizadas como item de uso único e trocadas entre o cuidado de diferentes pacientes e nas diferentes atividades/cuidados no mesmo paciente. Ainda, necessitam ser colocadas imediatamente antes dos procedimentos a serem executadas e descartadas tão logo essas atividades tenham terminado. São indicadas quando se realiza procedimentos invasivos, contato com sítios estéreis, contato com pele não integra e mucosa, quando se manipula materiais perfurocortantes e equipamentos contaminados e em todas as atividades que podem expor o profissional a contato com sangue, fluidos corpóreos, secreções e excreções.
Recomenda-se que antes do uso de luvas, o profissional faça uma avaliação de risco para determinar, primeiramente, se há necessidade de utilizar luvas, caso afirmativo, determina-se o tipo de luva mais apropriado para a atividade a ser executada. Essa avaliação deve levar em consideração a natureza da atividade, o tipo da possível contaminação, se o procedimento é estéril ou não e se o paciente ou equipe possuem alergia ao látex. A premissa é a de que cada patologia se transmite de forma específica. Além disso, outros aspectos tais como a qualidade das luvas está articulada diretamente a especificação técnica de fabricação, e aspectos associados ao tempo de uso, ao tipo do procedimento e a conscientização ou o conhecimento dos usuários quanto aos princípios básicos de assepsia tem efeito decisivo na segurança microbiológica e são considerados fatores importantes na proteção proporcionada pelas luvas.
    Há de se considerar que o uso indiscriminado de luvas, além de ocasionar, por parte dos usuários, uma falsa segurança quanto à prevenção de transmissão de infecção, gera custos aos serviços de saúde. Ademais, faz-se necessário conhecer a prática dos profissionais de saúde quanto sua escolha em relação ao tipo de luva para executar os diversos procedimentos assistenciais, e, dessa forma, avaliar essa prática no intuito de elaborar estratégias para o uso de luvas baseado na avaliação de risco.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A Polifarmacologia e Seus Riscos

A polifarmacologia pode trazer riscos para a saúde do idoso, visto a possibilidade de ocorrência de iatrogenias. Na hospitalização, o controle na administração é realizado pela equipe de enfermagem e entretanto, as dificuldades encontram-se no seu lar, quando o próprio idoso realiza o controle de suas medicações. Além da dificuldade em gerenciar as suas medicações, o uso de inúmeros medicamentos por si próprio é um fator de risco para o idoso, podendo levar a sua hospitalização como já comprovado em pesquisas.
Com o estudo, pretendemos fazer emergir a importância educacional dos profissionais de saúde, em particular do enfermeiro no que diz respeito à administração de medicação ao paciente idoso, permitindo desta forma que estratégias venham ser discutidas sobre essas questões e uma participação mais efetiva daqueles que cuidam, seja implementada para diminuir os iatrogenias decorrentes da terapêutica plurimedicamentosa.
O que se observa nas rotinas clínicas, ambulatoriais dentre outras, são pacientes idosos que recebem cada vez mais um número maior de medicamentos e pouca interatividade por parte dos profissionais de saúde na questão da informação a respeito das medicações.
Diante desta realidade que notamos a possibilidade do enfermeiro se tornar participante do processo de educação e saúde, orientando os idosos quanto à administração de medicação, amenizando assim as complicações de correntes do uso inadequado de medicamentos. Segundo Guimarães Gomes (1989) “10% dos pacientes adultos desenvolvem algum tipo de reação às drogas; após 80 anos esta possibilidade chega a 25%.
Segundo Brunner (Apud Papaléo Netto, 1996, p.231) “um estudo demonstrou que 59% dos idosos com doenças crônicas cometiam erros na utilização das prescrições”. Assim, os idosos continuam uma parcela considerável da nossa sociedade e com expectativas de se tornarem cada vez mais numerosos nas próximas décadas, com probabilidade de utilização de diversas medicações.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O Quinto Sinal Vital

        Nos anos 1990, o conceito de ‘dor como o quinto
sinal vital’ foi criado, com o objetivo de despertar nos
profissionais de saúde a preocupação com o tema e seu
tratamento. Com este conceito, o assunto ganhou nova
dimensão. Assim, os profissionais de saúde precisaram
mudar sua prática diária e o paciente passou a contar
com o direito a ter a sua dor avaliada, com o mesmo elo
e responsabilidade que os quatro parâmetros clínicos.
        A frase não só representa uma mudança de paradigma
como também associa a avaliação de dor à equipe de
Enfermagem, pois o controle dos sinais vitais e o cuidar
do paciente são características que traduzem a profissão.
       “Apresentar a dor desta forma coloca a questão no
ambito da Enfermagem. ‘Dor como quinto sinal vital’ traz
a responsabilidade da avaliação e do manejo da dor para
estes profissionais”.
     Nesta questão, a equipe de Enfermagem tem um papel
muito importante na avaliação do quadro e no fluxo
de comunicação desta queixa. O contato mais próximo
do profissional de Enfermagem com o paciente da a
equipe um papel de vigilâcia, já que ela tem maior
possibilidade de relatar e tomar condutas que sejam
adequadas ao indivíduo. “A equipe
de Enfermagem avalia o doente,
administra a medicação e reavalia,
para verificar a efetividade da
conduta. O fato de estar mais
próximo ao paciente facilita todo
este processo de controle da dor”.

domingo, 10 de outubro de 2010

Florence Nightingale, A Pioneira da Enfermagem.

Mesmo sendo rica e bem-relacionada, vivia em Florença, no Grão-ducado da Toscana. Por isso, Florence recebeu o nome em inglês da cidade em que nasceu, como sua irmã mais velha Parthenope nascida em Partênope (Nápoles). Moça brilhante e impetuosa, rebelou-se contra o papel convencional para as mulheres de seu estatuto, que seria tornar-se esposa submissa, e decidiu dedicar-se à caridade, encontrado seu caminho na enfermagem.
Tradicionalmente, o papel de enfermeira era exercido por mulheres ajudantes em hospitais ou acompanhando exércitos, muitas cozinheiras e prostitutas acabavam tornando-se enfermeiras, sendo que estas últimas eram obrigadas como castigo.
Florence Nightingale ficou particularmente preocupada com as condições de tratamento médico dos mais pobres e indigentes. Ela anunciou sua decisão para a família em 1845, provocando raiva e rompimento, principalmente com sua mãe.
Em dezembro de 1844, em resposta à morte de um mendigo numa enfermaria em Londres, que acabou evoluindo para escândalo público, ela se tornou a principal defensora de melhorias no tratamento médico. Imediatamente, ela obteve o apoio de Charles Villiers, presidente do Poor Law Board (Comitê de Lei para os Pobres). Isto a levou a ter papel ativo na reforma das Leis dos Pobres, estendendo o papel do Estado para muito além do fornecimento de tratamento médico.
Em 1846, Florence visitou Kaiserwerth, um hospital pioneiro fundado e dirigido por uma ordem de freiras católicas na Alemanha, ficando impressionada pela qualidade do tratamento médico e pelo comprometimento e prática das religiosas.
A contribuição mais famosa de Florence foi durante a Guerra da Crimeia, que se tornou seu principal foco quando relatos de guerra começaram a chegar à Inglaterra contando sobre as condições horríveis para os feridos. Em outubro de 1854, Florence e uma equipe de 38 enfermeiras voluntárias treinadas por ela, inclusive sua tia Mai Smith, partem para os Campos de Scutari localizados na Turquia Otomana.
Florence Nightingale voltou para a Inglaterra como heroína em Agosto de 1857 e, de acordo com a BBC, era provavelmente a pessoa mais famosa da Era Vitoriana além da própria Rainha Vitória.[1]
Contudo, o destino lhe reservou um grande golpe quando contrai febre tifoide e permanece com sérias restrições físicas, retornando em 1856 da Crimeia.
Impossibilitada de fazer seus trabalhos físicos, dedica-se a formação da escola de enfermagem em 1859 na Inglaterra, onde já era reconhecida no seu valor profissional e técnico, recebendo prêmio concedido através do governo inglês. Fundou a Escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, com curso de um ano, era ministrado por médicos com aulas teóricas e práticas.
Em 1883, a Rainha Vitória concedeu-lhe a Cruz Vermelha Real e em 1907 ela se tornou a primeira mulher a receber a Ordem do Mérito.
Florence Nightingale faleceu em 13 de agosto de 1910, deixando legado de persistência, capacidade, compaixão e dedicação ao próximo, estabeleceu as diretrizes e caminho para enfermagem moderna.